Vevowin® melhora o desempenho de leitões e a rentabilidade do produtor

Muito já se sabe dos desafios impostos pelo desmame, como a separação da mãe, o trato gastrointestinal imaturo para a abrupta transição de uma dieta líquida para sólida e uma nova hierarquia social, que culminam em um período de estresse que pode prejudicar significativamente a sua saúde intestinal e desempenho. Diante dos fatores mencionados, os leitões ainda estão se desenvolvendo e estão particularmente vulneráveis a patógenos, como a Eschenchia coli enterotoxigênica, que pode levar à diarreia e à diminuição da ingestão de alimento. 

Historicamente a suinocultura tem dependido do uso de antibióticos como promotores de crescimento para mitigar esses problemas. No entanto, a crescente preocupação com a resistência antimicrobiana tem levado à procura de alternativas eficazes e seguras. Neste contexto, compostos como o ácido benzoico e certos óleos essenciais emergem como opções promissoras devido às suas propriedades antibacterianas e capacidade de modulação da microbiota intestinal. 

Uma dessas inovações é o VevoWin®, que trata-se justamente de uma combinação de ácido benzóico com uma mistura de óleos essenciais encapsulados. VevoWin® propicia melhoria da saúde intestinal, com impacto positivo no desempenho dos leitões. Atua na permeabilidade da parede celular bacteriana por meio de sua ação bactericida ou bacteriostática quando suplementado na dieta dos leitões. Tal abordagem não só atende às demandas de práticas de criação mais sustentáveis, mas também oferece uma alternativa viável ao uso de antimicrobianos.

Portanto, a adoção do VevoWin® na alimentação de leitões pode representar uma estratégia eficaz para melhorar a saúde e o desempenho desses animais em fases críticas de desafio.

EFICIÊNCIA COMPROVADA

Para explorar os benefícios do VevoWin®, foi realizado um estudo na Universidade Federal de Lavras (UFLA), Minas Gerais, com o objetivo de avaliar os efeitos do ácido benzóico e de óleos essenciais na alimentação de leitões desmamados desafiados com Escherichia coli.

O experimento contou com 270 leitões, distribuídos em delineamento de blocos casualizados, com seis tratamentos e 9 repetições de 5 leitões cada. Os tratamentos foram: controle positivo com Colistina (40 mg/kg), controle negativo sem promotores de crescimento, ácido benzóico (5kg/ton de VevoVitall®) e 3 tratamentos com diferentes combinações de ácido benzóico e óleos essenciais, VevoWin® 2, 3 e 4 kg/ton de alimento, respectivamente. Com a finalidade de promover desafio aos animais e melhor avaliar os efeitos dos produtos sobre o desempenho, todos os leitões receberam 1ml de solução contendo 10 6  UFC/ml de Escherichia coli patogênica K88+ (com os genótipos para as enterotoxinas LT+, STa+ e STb+) ao sétimo e oitavo dia pós desmame.

As dietas dos leitões foram formuladas com base no NRC (2012), com três períodos de fases na creche: pré-inicial 1, pré-inicial 2 e inicial sem apresentar em sua composição qualquer antibiótico, exceto o tratamento que recebeu colistina. Durante o experimento de 63 dias, foram monitorados o desempenho alimentar, incidência de diarréia e o retorno financeiro do produtor.

RESULTADOS

Nas duas primeiras semanas após desmame, os leitões que receberam 3 kg/ton de VevoWin® apresentaram maior GPD (P < 0,05), melhor CA (P < 0,05) e maior PF (P < 0,05) em relação aos animais do grupo controle negativo (CN – sem aditivos).

Considerando todo o período experimental, de 0 a 63 dias, os leitões que receberam VevoVitall® apresentaram maior consumo alimentar (P < 0,05) e GPD em relação ao controle negativo e 2kg/ton de VevoWin®. Nesse período foi observado maior peso final (P < 0,05) para animais que receberam colistina, VevoVitall®, 3 e 4 kg/ton de VevoWin®. 

VevoWin® na dose de 3kg/ton proporcionou o aumento de 13% no peso final e de 15% no GPD em comparação com os leitões que não receberam suplementação. Esse resultado é particularmente notável, considerando que não houve alteração no consumo de ração entre os tratamentos.

Apesar das doses de 3 e 4kg/ton de VevoWin® terem sido positivas sobre as variáveis de desempenho, os animais suplementados com apenas 2kg/ton não obtiveram a mesma resposta, indicando que a dose mínima a ser adotada seja a de 3kg/ton do produto. 

Não houve diferença significativa (P > 0,05) para a incidência de diarreia dos leitões recebendo os diferentes tratamentos, ainda que numericamente os aditivos tenham apresentado redução para esse parâmetro, no qual 3 kg/ton de VevoWin® foi o mais baixo em percentual após a colistina.

Para que um aditivo nutricional seja adotado, o custo é um fator determinante, uma vez que os custos de produção com a alimentação por si só já é responsável por 60 a 65% do total da granja. Este fator, aliado ao desempenho que será obtido pela adoção deste aditivo sobre os parâmetros de performance é o que determinará a adoção ou não da tecnologia nutricional testada. Estes pontos são ainda mais relevantes quando nos referimos a possíveis aditivos substitutos aos antibióticos promotores de crescimento.

No estudo avaliado, o antibiótico em questão foi a colistina (40ppm/ton), amplamente usado. Dadas essas considerações foi possível obter um aumento da receita bruta de venda de leitões (RBVL = GRSP (dólares)) para os animais suplementados com 3kg/ton de VevoWin® comparado ao grupo sem aditivo (46,5 vs 41,1 dólares) e igual a colistina (46,5 vs 45,5 dólares). Houve também um aumento significativo (P < 0,05) da receita líquida da utilização dos tratamentos VevoVitall®, 3 e 4kg/ton de VevoWin® em relação ao CN.

Considerando-se os custos de cada aditivo na dieta, houve também um aumento significativo do retorno sobre o investido (ROI) (P< 0,05) para os tratamentos VevoVitall®, 3 e 4kg/ton de VevoWin® em relação ao CN e também numericamente superior a colistina. Desta forma, o custo por kg de leitão produzido foi menor também nos mesmos tratamentos já mencionados.

PONTOS DE DESTAQUE

  • A suplementação com VevoWin® melhorou significativamente o peso, a saída de creche e o GPD dos leitões sem elevar o consumo de ração.
  • VevoWin® demonstrou ser um aditivo viável economicamente para ser usado em fase de creche e com resultados semelhantes ao da colistina.

 

Leia o artigo completo: Rodrigues, L. M., Neto, T. O. D. A. L., Garbossa, C. A. P., Martins, C. C. D. S., Garcez, D., Alves, L. K. S., Abreu M. K. T.,  Ferreira, R. A., & Cantarelli, V. D. S. (2020). Benzoic acid combined with essential oils can be an alternative to the use of antibiotic growth promoters for piglets challenged with E. coli F4. Animals, 10(11), 1978. doi: 10.3390/ani10111978

Published on

15 maio 2024

Tags

  • Swine

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